04/08/2004

Candidata responde sobre cultura e diz que condição humana está em jogo

Recuperar o conceito de cultura como garantia da plena existência do ser humano é um dos compromissos da candidata Telma de Souza, da coligação Santos por Santos (PT, PV, PMN, PCdoB e PCB), manifestado na noite de terça-feira (03/08), durante debate promovido pelo Fórum Santos Cultural, na Livraria Realejo.”A essência da nossa espécie só é traduzida na expressão cultural. Não existe nada mais revolucionário nas políticas públicas do que a cultura”, enfatizou a candidata, diante de um público formado por representantes do setor cultural da cidade, entre eles o escritor José Roberto Torero e o compositor Gilberto Mendes.Na concepção de Telma, “não adianta ganhar a eleição se não aprofundarmos a condição humana; é isto que está em jogo. A possibilidade de cidadãos deserdados materialmente serem pessoas inteiras, dignas, é tarefa nossa. Hoje a cidade agoniza e o projeto cultural que foi destruído é de todos nós. Nesses últimos 12 anos nós nos aperfeiçoamos. Optei por voltar à medida em que penso que posso fazer muito mais por Santos, tirar a cidade do jugo perverso de se apequenar, garantir a livre expressão do espírito para que possamos construir em nossa aldeia uma ação que realmente vale a pena na condição humana”.Telma lembrou que hoje Santos arrecada quatro vezes mais do que tinha para gerenciar na época de seu governo. “Teremos duas facilidades: um orçamento maior e um governo federal absolutamente afinado com nossa visão de mundo, onde poderemos buscar oxigênio de alguma maneira”.Alerta - A candidata pensa em fazer a cultura contaminar o organograma da Prefeitura da forma mais vital possível. “O governo nunca é uma só pessoa. Tem um comando, uma amálgama dessas vontades e possibilidades”.Recordou que um dos primeiros atos de seu governo na área cultural foi a compra de um piano meia-cauda, “um gesto simbólico para representar nosso compromisso com o setor; não foi um ato elitista, mas um conceito de vida. Tivemos de programas singelos, como o varal de poesias, ao cinema de arte”, afirmou, seguindo com um alerta: “Está em curso um processo que, se nada fizermos, será irreversível. Vivemos a ausência de visão de governantes que não conhecem a alma humana e uma cidade torna-se a cara de quem a governa, da flor plantada no jardim da praia à escolha de prioridades”.Questionada, Telma disse que aprova a instalação do Museu Pelé na cidade, mas entende que o local – emissário submarino – talvez não seja o mais indicado. Quanto ao Teatro Coliseu, mostrou-se disposta a estudar a proposta da criação de uma fundação para seu gerenciamento. Informou ainda que uma das propostas de seu governo é incluir música no programa escolar.O Fórum Santos Cultural é um movimento apartidário que nasceu de manifesto lançado pelo maestro e compositor Gilberto Mendes e pelo escritor Flávio Viegas Amoreira. Telma foi a segunda postulante à Prefeitura de Santos a participar. O objetivo é conhecer o pensamento e antecipar a política de cultura dos candidatos. “Estamos aqui para incomodar, o político tem obrigação de conhecer os movimentos da cidade. A cultura está na ordem do dia”, provocou  Gilberto Mendes.

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