Homenagem prestada aos agentes ofendidos por desembargador resgatam o debate sobre valorização integral da categoria
A postura dos guardas municipais Roberto Guilhermino da Silva e Cícero Hilário Roza, diante das ofensas proferidas pelo desembargador Eduardo Siqueira, ao se recusar a colocar a máscara, ganhou destaque nacional e trouxe à discussão o papel da Guarda Municipal no enfrentamento ao novo coronavírus. Atenta ao debate, a vereadora e ex-prefeita de Santos, Telma de Souza, defende a valorização permanente da Guarda Municipal, com recomposição salarial, promoção interna, plano de carreira consistente, ampliação do efetivo e autonomia.
Telma ressalta que as tratativas para a recomposição salarial destes servidores públicos não avançaram. Ela recorda que a Câmara Municipal aprovou benefícios para a categoria, que ainda não saíram do papel. Entre eles, o pagamento de R$ 500 por gratificação de desempenho e adicionais de risco que variam de 30% a 50%, de acordo com a função.
A ex-prefeita também pontua que a corporação necessita que sejam atualizados o plano de carreira e as promoções internas, além da convocação dos guardas aprovados nos últimos concursus públicos. Estes e outros temas foram abordados pela parlamentar em requerimento, questionando o Executivo sobre as medidas.
O valor de R$ 120 do auxílio para fardamento, contemplando bodas e cintos, foi apontado como insuficiente pela vereadora, que solicitou ainda a apuração de denúncias sobre o fato de, aproximadamente, um terço dos coletes à prova de bala estarem vencidos. O fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) A quantidade de máscara fornecida pela Prefeitura para a corporação, três por agente, também é classificada pela vereadora como abaixo do número ideal.
“É extremamente justo, oportuno e necessário o reconhecimento aos agentes Cícero Hilário Roza e Roberto Guilhermino da Silva, representando a Guarda Municipal. Mas a valorização precisa ser mais ampla e permanente para toda a corporação. São profissionais da linha de frente e precisam de todo respaldo, agora e também posteriormente, para continuar desempenhando o seu papel e recebendo seus direitos adquiridos”, salienta Telma.