Garantir a permanência de vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) abertas por causa da pandemia de Covid-19 é prioridade para a vereadora Telma de Souza. A Prefeitura de Santos iniciou um processo de desativação dos novos leitos e Telma apresentou um requerimento cobrando a manutenção das vagas durante e também pós-pandemia, até pelo histórico de déficit de leitos de UTI em Santos e Região.
"Há anos lutamos para que sejam abertas novas vagas de UTI. Com a pandemia, elas tiveram que ser abertas e precisam ser fixadas e mantidas posteriormente, porque a população precisa dessa retaguarda. A Prefeitura está acenando para o fechamento de leitos de UTIs, ignorando o déficit histórico em Santos e na Região. A Cidade não pode fazer isso. É o mesmo que seguir na contramão", avalia Telma.
De acordo com os boletins diários emitidos pela Secretaria Municipal de Saúde, a taxa de ocupação de leitos de UTI em Santos tem variado entre 30% e 48%. A Prefeitura, então, começou a se preparar para fechar os leitos que não sendo ocupados pelos pacientes de Covid-19.
A medida foi duramente criticada por Telma, que preside a Comissão Parlamentar de Saúde. "Defendemos a urgente utilização total dos leitos, já agora, para as mais diversas doenças. E que essas vagas de UTI se tornem um legado para a Cidade e Região", afirma.
A ex-prefeita de Santos aponta que todos os esforços são válidos para salvar vidas, sobretudo quando os recursos para o custeio dos leitos estão garantidos pelos contratos emergenciais, aditivos e cessões de espaços hospitalares realizados por conta da pandemia.
O número comparativo de leitos de UTI na Cidade, antes e depois da pandemia, assim como o déficit e sua distribuição no Sistema Universal de Saúde (SUS), foram solicitados pela vereadora. A parlamentar questiona ainda quantas vagas serão mantidas após o retorno à normalidade e o número de internações realizadas nos leitos gerais, leitos infantis e leitos de UTI em cada unidade disponível para atendimento de Covid-19.
A presidente da Comissão Parlamentar de Saúde entende que fechar leitos não condiz com a realidade atual.