No Dia da Independência, Telma destaca contrastes sociais
Telma participou das manifestações do Grito dos Excluídos, na áreacontinental de São Vicente “Sem dúvida, vivemos hoje dois momentos bem distintos do civismo, ao celebrarmos a Independência na orla da praia de Santos, com o desfile oficial, e no Grito dos Excluídos, numa região periférica. São abordagens que revelam o profundo contraste social que trabalhamos diariamente para reduzir. Realmente, podemos dizer que um povo é independente quando ele tem condições de refletir sobre a sua condição e decidir seus destinos. A inserção social e a melhoria das condições de vida, de habitação, de saúde e educação estão diretamente relacionadas a isso”, disse ontem (07/09) a deputada federal Telma de Souza (PT-SP), ao participar do Grito do Excluídos, no Quarentenário, na região continental de São Vicente, após ter assistido ao desfile cívicomilitar na orla de praia de Santos. Ambos os eventos comemoravam o Dia da Independência. No desfile, logo pela manhã, no Bairro da Aparecida, Telma assistiu, da tribuna de honra, à passagem de cerca de 30 escolas particulares e públicas, além de tropas e equipamentos do Exército, Marinha, Aeronáutica, Guarda Municipal, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Uma multidão se aglomerou para presenciar o evento, que contou com as bandas musicais das corporações.Ao lado da deputada Maria Lúcia Prandi, Telma também realizou caminhadapela orla da praia de Santos ontem Em seguida, Telma dirigiu-se ao Quarentenário, bairro pobre da região continental de São Vicente, a fim de participar da manifestação denominada Grito dos Excluídos. Percorrendo, entre outros lugares, várias ruas de terra ladeadas por esgoto a céu aberto, essa espécie de procissão, organizada pela Igreja Católica, reuniu cerca de 600 pessoas, participantes de vários movimentos sociais. “Este evento, neste dia, visa gritar contra a situação de exclusão que vive o nosso povo, que está fora de tudo, que não tem acesso aos bens e a riqueza que o país produz, passa forme, frio e todo tipo de injustiça, não tem emprego, salário, especialmente nas periferias, onde a população fica abandonada, esquecida pelos poderes públicos, que demoram muito a chegar com o mínimo necessário para que as pessoas tenham a sua dignidade ressaltada”, disse Cleusa Maria Coelho da Silva, uma das organizadoras, coordenadora do Conselho de Pastoral da Comunidade do Quarentenário, membro da Vila Ponte Nova Instituição Promocional (VIP) e do Movimento de Mulheres, entidade dirigida pela Irmã Dolores, que participou da caminha desde o seu início (na foto abaixo, com Telma). Casa de Parto e Restaurante - O Grito dos Excluídos é realizado pela Igreja Católica há vários anos, em todo o Brasil e hoje já existe também na América Latina, explicou Cleusa. Segundo ela, este ano o Quarentenário foi o local escolhido devido ao grande trabalho social da Igreja, em parceria com os poderes públicos. Ela citou como exemplo, a escola profissionalizante e a Casa de Parto David Capistrano. “Em breve, haverá também o restaurante popular, fornecendo alimentação para que o trabalhador possa reunir forças para trabalhar e para viver”, disse. O restaurante, cuja pedra fundamental foi lançada no final de agosto, fornecerá refeições a R$ 1,00 e receberá R$ 100 mil em verbas para equipamentos, destinados por meio de uma emenda da deputada Telma de Souza. “Eu me integro perfeitamente a este manifesto e o local não poderia ter sido melhor escolhido. Aqui é uma região realmente carente em temos de atenção do poder público, basta olhar a falta de pavimento, de esgotamento sanitário e a repercussão que isto trás para a saúde, principalmente das crianças. Política se faz também com indignação e é por isso que eu estou aqui”, afirmou.
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