19/06/2006

Caixa promete empenho para retomada de conjuntos abandonados

         A retomada das obras de três conjuntos habitacionais na Baixada Santista está mais próxima. “Foi um primeiro passo e sem dúvida, um passo importante. É preciso dar uma satisfação para a população. Afinal, são obras tocadas com dinheiro público”, afirmou a deputada federal Telma de Souza (PT-SP), referindo-se à visita que o gerente nacional do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), André Marinho de Souza Filho, realizou ontem aos conjuntos Vila Militar, em Bertioga, e Penedo e Reserva da Primavera, em São Vicente, que estão com sua construção paralisada. A visita do gerente do PAR foi agendada a pedido da deputada, que acompanhou pessoalmente as vistorias. Nos três conjuntos, as obras, já em fase de acabamento, foram paralisadas devido à falência das construtoras.    Em Bertioga, o núcleo é formado por 126 casas, projetadas inicialmente para os militares, com unidades remanescentes destinadas à população em geral. Ali, foi detectada também a necessidade de alteração do projeto quanto ao esgotamento sanitário. Segundo André Marinho, será realizada uma nova licitação, para que outra empresa assuma as obras. “O acompanhamento que está sendo feito pela deputada é bem-vindo. Precisamos agora da aprovação ambiental quanto à alteração do projeto de esgoto. Acho que dentro de uns 60 dias uma nova construtora estará escolhida”, disse o gerente do PAR. Para agilizar os procedimentos, Telma de Souza encaminhou ofícios ontem mesmo à Prefeitura de Bertioga, ao DAEE, à Cetesb e à Caixa Econômica Federal (CEF) fazendo um relato da situação no local e pedindo empenho para a retomada da obra. Também acompanharam a vistoria o presidente da Câmara de Bertioga, Luiz Henrique Capellini (PDT), e os vereadores Maurício de Souza, Jurandir José Teixeira (ambos do PT), Marcelo Vilares (PDT ) e Orvando Garcia (PTB).      Em São Vicente, devido ao abandono das obras há mais de um ano, o que motivou saques de janelas, portas e outros materiais, a situação é um pouco mais complicada. A vistoria no local foi acompanhada pelo secretário de Habitação vicentino, Brito Coelho, uma vez que a retoma dos trabalhos exigirá a participação do município. “Nesse caso específico, está sendo criado um grupo de trabalho, com técnicos da CEF e da Prefeitura, para definir qual a melhor solução”, explicou Telma de Souza. Segundo Brito Coelho, os dois conjuntos podem ser integrados ao processo de reurbanização do Dique do Sambaiatuba e há demanda social e interesse político quanto à participação da administração municipal de São Vicente no término das obras.   Os dois conjuntos em São Vicente contam com 500 apartamentos. A obra foi iniciada em 2002, com o custo previsto de R$ 11 milhões. Destes, pelo menos R$ 9 milhões foram gastos. A construção foi paralisada com a falência da construtora e desde então os imóveis estão sendo saqueados, apesar da presença de seguranças no local. Foram roubados fios, portas, janelas, esquadrias e telhas, além da depredação de instalações. Há mais de um ano e meio a deputada Telma de Souza tem participado de audiências e enviado ofícios à CEF, pedindo uma solução. Dois levantamentos sobre a obra, realizados anteriormente, deverão ser refeitos, porque já não têm mais validade.   Segundo André Marinho, em cerca de um mês será conhecida a situação real do empreendimento, detalhando o que falta ser realizado. Ao mesmo tempo, estará sendo elaborada uma proposta, com participação do município e do Governo do Estado, para a retomada do projeto.

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