A Prefeitura de Santos montou um "gabinete ocasional". Trata-se de um andar totalmente reformado no prédio da Prodesan, que será utilizado como uma espécie de sala secreta pelo chefe do Executivo. A iniciativa, realizada no momento em que a Prefeitura de Santos nega reajustes aos servidores, está sendo quetionada pela vereadora Telma de Souza.

Telma apresentou o requerimento na sessão desta quinta-feira (23). Para ela, é fundamental que a Câmara Municipal saiba os motivos para a criação deste novo espaço, uma vez que o Palácio José Bonifácio, sede da Prefeitura, possui instalações adequadas para o atendimento e reuniões coordenadas pelo chefe do Executivo.

A nova instalação é vista como uma forma de fuga da aproximação com a população, especialmente em momentos de insatisfação com o alcaide, como o que acontece neste momento, por parte dos servidores que não concordam com o reajuste zero proposto pela Administração Municipal.

QUESTIONAMENTOS APRESENTADOS POR TELMA:

- Qual o motivo para a criação do “gabinete ocasional’?
- A figura “gabinete ocasional” significa que o prefeito pretende que a população não saiba onde ele despacha os assuntos inerentes à vida da população?
- Qual será o uso deste espaço? E por quem?
- Quanto custou a remodelação do espaço?
- Quem custeou as adaptações feitas no andar do “gabinete ocasional”?
- Qual a área e o que contém no “gabinete ocasional”?
- O que funcionava no local e para onde foi transferido?
- O “gabinete ocasional” tem o propósito de afastar a população
do contato com o chefe do Executivo?
- O Palácio José Bonifácio possui salas adaptadas e preparadas para grandes reuniões, inclusive do secretariado. O que justifica não utilizar as instalações existentes?