• GOVERNO DO ESTADO CORTA R$ 83,6 MILHÕES DE INVESTIMENTOS NA BAIXADA SANTISTA E NO VALE DO RIBEIRA; TELMA QUESTIONA
    30/12/2011

    GOVERNO DO ESTADO CORTA R$ 83,6 MILHÕES DE INVESTIMENTOS NA BAIXADA SANTISTA E NO VALE DO RIBEIRA; TELMA QUESTIONA

    O Governo do Estado, há duas décadas sob a gestão tucana, deixou de investir R$ 83,6 milhões nas cidades da Baixada Santista e do Vale do Ribera em 2011. O corte orçamentário corresponde a 66,1% e 87,1% dos recursos previstos, respectivamente. A deputada estadual Telma de Souza (PT), única representante da Baixada Santista no Parlamento Paulista, critica o não aproveitamento dos recursos. Ela encaminhou ofício ao governador querendo explicações sobre o baixo índice de aplicação financeira. "São cidades que sofrem muito com a ausência de infraestrutura, de segurança, de saúde adequada e de educação de qualidade. Por isso, o uso do dinheiro público tem de ser feito com responsabilidade, atacando os problemas de forma eficaz e pontual. Em 2012, não pode haver repetição deste problema", sentencia a deputada. Região mais pobre do Estado de São Paulo, o Vale do Ribeira foi também a que mais perdeu recursos, entre as 15 regiões administrativas paulistas, sendo que 13 tiveram redução de investimentos. Alheio a esta situação, o Governo Estadual deixou de aplicar 87,1% do que foi reservado no Orçamento do Estado, segundo o Sigeo - Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária, considerando o período de janeiro a outubro últimos. Com isso, R$ 27 milhões que poderiam ser aplicados em obras contra enchentes, por exemplo, ficaram retidos nos cofres paulistas. O Vale é formado por 14 municípios (Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Registro e Sete Barras), dos quais 13 apresentam baixo nível de riqueza, escolaridade e longevidade, conforme critérios do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). A segunda região administrativa que apresentou maior queda é a de Presidente Prudente, que teve corte de 72%, perdendo R$ 113,9 milhões. Com nove municípios, a Baixada Santista foi a terceira região administrativa mais prejudicada, com redução de 66,1% nos investimentos, totalizando R$ 56,6 milhões. As intervenções que a população da Baixada Santista deixou de ver implementadas são nas áreas de saúde, educação, mobilidade urbana, transporte e segurança. "São justamente os setores mais preocupantes para os moradores das cidades da Baixada. Sem a aplicação desse dinheiro, a solução para os problemas se arrastará por mais anos, prejudicando a vida de cerca de 2 milhões de habitantes", avalia Telma, lembrando que o Estado aumentou sua arrecadação com impostos neste período.

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