06/04/2005

Mercadante defende que Santos coordene estratégia para o gás

"Tenho certeza de que a Telma vai estar conosco nesta luta”, afirmou, no último sábado (02/04), o senador Aluízio Mercadante (PT-SP), durante entrevista à imprensa, referindo-se à sua defesa de que o porto santista abrigue um escritório de negócios da Petrobras, para gerenciar a exploração de gás das jazidas da Bacia de Santos. ‘‘Santos tem que coordenar essa unidade estratégica para gerir o gás no Sudeste. A gestão, a logística, o planejamento e a negociação têm que ficar aqui’’, declarou o senador, em entrevista ao jornal “A Tribuna”, onde esteve acompanhado de Telma e dos demais deputados do PT da região. Segundo Mercadante, o grande obstáculo à concretização dessa proposta é a burocracia da Petrobras: ‘‘A estrutura de gás está sendo desenvolvida em um ritmo muito aquém do que deveria para os interesses da nação, mesmo que não sejam necessariamente os interesses comerciais imediatos da Petrobras, que é muito lenta para decidir questões estratégicas e muito ágil para cumprir decisões empresariais. O gás é indispensável para a nação e não pode mais ser tratado no ritmo que a Petrobras trata. Ao mesmo tempo, não abrimos mão de que o escritório de negócios fique aqui, na cidade de Santos. O projeto técnico está pronto. Precisamos dar ritmo a ele.’’ Na seqüência, durante sua participação no programa “Opinião”, da TV Mar, Mercadante declarou considerar que a regionalização do Porto de Santos é um “processo natural”, mas, da mesma forma que a deputada federal Telma de Souza já havia afirmado anteriormente, ele entende que, no momento, o principal é garantir a infra-estrutura necessária para melhorar as condições de acesso e operacionalização do equipamento. “O próprio secretário estadual de Transportes, Dario Rais Lopes, entende que não seria este o momento ideal para se debater a regionalização como meta prioritária, já que se correria o risco de se desviar o foco para a questão central do porto agora, que é a infra-estrutura, problema urgente que o Governo Federal está empenhado em resolver.”

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