Durante plenária realizada segunda-feira (18/04) em São Vicente, a deputada federal Telma de Souza (PT-SP), vice-líder do partido na Câmara Federal, criticou “as oposições”, que anteciparam o processo de sucessão do presidente Lula, e disparou: “As elites deste país não engoliram até hoje a vitória do Lula.” Segundo Telma, “diversas movimentações em nível nacional e local deixam bem claro que o processo eleitoral de 2006, tendo por mote principal a eleição para a Presidência da República, não apenas já começou, mas ganha intensidade a cada dia. Fica bem claro também que nossa região é considerada estratégica para nossos adversários, não somente pelo potencial de votos que possui, mas também por sua importância econômica no contexto estadual e de país.      Um dos exemplos recentes desses movimentos refere-se, segundo Telma de Souza, à questão da saúde: “A grande polêmica que se criou sobre a crise no sistema de saúde regional partiu de uma premissa verdadeira, isto é, as dificuldades reais que o atendimento público da rede enfrenta Criou-se, contudo, um cenário cuidadoso para creditar exclusivamente ao Governo Federal a responsabilidade pelos problemas atuais, jogando também exclusivamente para a esfera federal a solução desse quadro. Os demais envolvidos, em especial o Governo do Estado, foram eximidos de qualquer ônus ou esforço para equacionar a questão.”      Ao enfatizar que “é triste que se use justamente a saúde como massa de manobra eleitoral, colocando em risco a vida da população envolvida”, a parlamentar e vice-líder do PT citou números referentes aos gastos em saúde no Município de Santos. Segundo esses dados, divulgados pela própria Secretaria de Saúde da cidade, as despesas com o setor, em 2004, foram cobertas 60% com recursos municipais, 39% com verbas do Ministério da Saúde, enquanto o Governo do Estado responsabilizou-se por apenas 1%. “É claro que são necessários mais recursos para a saúde, mas cada um dos agentes envolvidos no processo do SUS - os municípios, o Governo Federal e os Governos de Estado - deve assumir sua responsabilidade, incluindo a busca de um melhor gerenciamento do dinheiro disponibilizado.”