Para Telma, repercussão sobre prevenção ao câncer de próstata é importante
“Falem mal, mas falem de mim”. É mais ou menos essa a reação da deputada federal Telma de Souza (PT-SP) diante da recente repercussão, em grande parte da mídia, da alta incidência de câncer de próstata entre a população masculina brasileira e a necessidade dos homens realizarem exames preventivos para evitar a alta ocorrência que a doença vem provocando. Na verdade, foi dela a iniciativa pioneira de apresentar, em 1997, projeto de lei na Câmara Federal propondo um dia anual de conscientização sobre os riscos da moléstia e a realização, pela rede pública de saúde, de exames preventivos.
Devido à burocracia legislativa, agravada no caso pela enorme resistência da maioria dos deputados homens em plenário em tratar de assunto tão incômodo e cercado de arraigados preconceitos, o projeto só foi aprovado em meados de 2001, indo dali para o Senado, onde acabou sendo ampliado em sua abrangência, gerando a lei que instituiu a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Próstata, hoje incluída no calendário oficial do Ministério da Saúde.
“Na verdade, às vezes fico um pouco triste pelo fato de nossa luta de tantos anos, que culminou nesse avanço tão significativo para a preservação da saúde do homem, não ser citada. O importante, porém, é que o nosso objetivo, que era fazer com que o poder público assumisse a divulgação dos riscos que o câncer de próstata representa e oferecesse os exames preventivos, foi alcançado. O resto é detalhe”, argumenta Telma de Souza.
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