
Nestes 100 dias, a parlamentar focou seu trabalho no combate aos graves problemas da cidade, como o caos na Saúde, o descaso com a Educação, um sistema de transporte caro e inadequado, a desvalorização do Funcionalismo, as enchentes constantes, entre tantos outros.
Ex-prefeita e seis vezes deputada, Telma foi escolhida pelos santistas para voltar ao Legislativo Santista pela terceira vez, o que demonstra a confiança da população em seu trabalho. Em retribuição, a vereadora é uma voz firme em defesa dos interesses da sociedade e das causas populares.
PARTICIPAÇÕES - “É motivo de comemoração para Santos ter a Telma de volta à Câmara. Isso é importante porque, infelizmente, não temos outras Telmas lutando ao lado da população, especialmente em um momento de desmandos na Cidade, o abandono da Zona Noroeste e o uso equivocado da máquina pública. Quando se olha quem está realmente ao lado da população, os 100 dias de mandato da Telma são o contraponto aos 100 dias do atual governo de Santos”, avaliou a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral.
O economista José Pachoal Vaz destacou a participação do mandato de Telma em lutas sociais e trabalhistas, como o apoio à reivindicação de valorização salarial e profissional dos servidores municipais. “A oferta de reajuste zero feita aos servidores contraria o que dizem especialistas renomados em Finanças, como o Rodolfo Amaral. Há possibilidade de reajuste, sim”. Ele sugeriu, ainda, que Telma, por seu histórico no Congresso Nacional, traga para a Câmara Municipal a discussão de temas de abrangência nacional, como o desmonte da Previdência.
Professora de Cultura Brasileira e Artes Plásticas, Beatriz Rota Rossi enalteceu a luta da vereadora pela Cultura Santista e Regional, como no encerramento das atividades das Oficinas Culturais Pagu na Cadeia Velha, para dar lugar a escritórios da Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM). “A Cultura é o que desperta o pensamento crítico das pessoas, mas está havendo um movimento de desrespeito com os artistas, com os lutadores da Cultura”, criticou a professora.
Maria do Rosário Correa Salles Gomes, ex-secretária de Ação Comunitária de Santos, questionou o desmonte silencioso da estrutura e do orçamento da proteção social na cidade e no País. “A Constituição trata da proteção social como um direito e isso está sendo ignorado”.
Elza Pereira dos Santos, que atua em coletivos de mulheres, defendeu a necessidade de maior participação da Prefeitura na obtenção de uma Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar. Para ela, é fundamental haver celeridade na apreciação de casos, para evitar a impunidade sobre a violência na cidade.
Representante do Observatório Santista, entidade independente que fiscaliza as ações do Legislativo e do Executivo municipais, os Moisés Fernandes, parabenizou a vereadora Telma pelo mandato e pediu participação da parlamentar em ações contra a demissão de profissionais de reabilitação e da substituição de funcionário da Prodesan por terceirizados no município. A vereadora agradeceu e explicou que os dois casos são objetos de requerimento, o primeiro já está em tramitação e o segundo, que será lido na sessão desta segunda-feira (10).
MANDATO - A vereadora vistoriou os locais de atendimento do município e questionou a Secretaria de Saúde sobre o Hospital dos Estivadores, que ainda não funciona após investimentos públicos de R$ 60 milhões, a precariedade do atendimento da Saúde Mental, a demolição injustificada do Pronto Socorro da Zona Leste, a frequente lotação da UPA 24 Horas, os riscos aos pacientes do Hospital e do PS da Zona Noroeste, entre outros. A situação motivou uma ação de investigação apresentada ao Ministério Público.
A Educação também foi alvo de Telma, que apontou a necessidade de melhorias nas escolas e apresentou um projeto de Educação Integral, que contemple a primeira infância, com o desenvolvimento de todas as habilidades dos estudantes, com fortalecimento dos laços escolares e familiares, equidade de acesso às oportunidades educativas e valorização dos professores. Ela também atuou em defesa das mulheres, contra a violência; e da Cultura, colocando-se contrária ao fim dos cursos na Cadeia Velha e indicando a urgência para a correção de problemas de conservação dos teatros municipais.
Telma ainda apresentou projetos que ampliam o controle social e a participação da população. Entre os exemplos estão o projeto que obriga a realização de audiências públicas antes da Prefeitura autorizar reajustes de tarifas, como a dos ônibus. Outro é a proposta de obrigatoriedade de comprovação de risco e histórico de acidentes para a instalação de radares.
A vereadora ainda atuou fortemente para a fiscalização dos serviços públicos, como os gastos da Administração, o arredondamento irregular das passagens e o apoio à valorização dos servidores. E, por fim, denunciou casos de nepotismo na Prefeitura e a cessão de funcionários pagos pelo governo municipal, mas que trabalham em órgãos de outras cidades e estados.