"O governo municipal afirma que o Hospital já realizou mais de 1.600 partos. Mas, esquece-se de dizer que, para isso, já empenhou quase R$ 219 milhões em favor da OS que gerencia o Hospital, conforme o Portal da Transparência. Numa conta básica, significa dizer que cada parto custou mais de R$ 136 mil, ainda que, nesse valor, estejam embutidos salários e compras de materiais. É inadmissível que um Hospital deste porte, cuja obra custou mais de R$ 60 milhões, continue subutilizado, com os custos sendo pagos pelos cidadãos santistas. É evidente que há falhas graves na gestão", critica a parlamentar.
Nos últimos dias, os problemas de gestão do Hospital têm vindo à tona com denúncias pela imprensa. Inicialmente, a Prefeitura de Santos ignorou a exigência de três anos de atividades para a disputa da gestão do hospital por organizações sociais. Mesmo sem esse tempo, a Administração escolheu o Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Por isso, nessa quarta-feira (04/10), a Justiça condenou a Prefeitura, em primeira instância, para a suspensão do contrato com a OS e a devolução pela entidade de todos os recursos pagos.
Além disso, a Prefeitura também não prestou contas para o Governo do Estado sobre a verba recebida para ampliação de leitos - apesar da maternidade, não há UTI neonatal e adulto - e vem sendo requisitada a devolver os valores recebidos aos cofres estaduais. A resposta dada à imprensa é que o dinheiro foi utilizado para quitar dívidas com a OS.
"A mesma cidade de Santos, que já foi exemplo de qualidade e organização na Saúde Pública, atualmente é envergonhada por como esta área é tratada pela Prefeitura de Santos. O símbolo maior da falta de gestão municipal é o Hospital dos Estivadores, onde só funciona a maternidade, e, ainda assim, sem UTI, o que coloca em risco a vida de mães e bebês, lembrando que uma criança teve de ser transferida do Hospital para a Santa Casa, sob risco de morte, após quatro meses, graças à atuação e divulgação do Diário do Litoral", indignou-se a parlamentar.