TELMA CONCLUI MESTRADO EM SAÚDE COLETIVA PELA UNISANTOS
Um importante período da saúde de Santos foi resgatado na manhã desta segunda-feira, 20/9. Mais do que isso, a transformação que a saúde da cidade vivenciou nas gestões do PT estão, agora, registradas e imortalizadas em uma tese de mestrado apresentada na Unisantos pela vereadora santista Telma de Souza.
Em sua defesa, a parlamentar, apesar de estar emocionada e um pouco tensa pela ocasião, com maestria soube se distanciar de sua atuação como prefeita de Santos, colocando-se sempre em terceira pessoa. "Quando o PT assumiu em 1989, a saúde pública no município estava atrasada. Não havia o Sistema Único de Saúde (SUS). E essa falta teve que ser sanada. Apenas na primeira gestão do PT foram inauguradas 22 policlínicas, ou seja, uma para cada 20 mil habitantes. Vale lembrar que elas eram bem distribuídas pelos bairros da cidade", defendeu a Telma, que agora é mestre em Saúde Coletiva, pela Universidade Católica de Santos.
Para Telma, a rede de policlínicas era a mola mestra daquele sistema de saúde. "Elas realizavam a triagem para detectar se o problema do paciente era momentâneo, se ele deveria ser internado ou encaminhado ao setor de especialidades. E por ter essa função de seleção, elas contavam com profissionais de diferentes especialidades, inclusive dentistas", discorreu a mestranda sobre a importância da unidades.
Mas não foi só. Telma defendeu, ainda, toda a revolução realizada nas áreas da saúde mental e da Aids na cidade, além dos programas de atendimento e de internação domiciliar, conhecidos como PAD e PID. “Esses dois programas aliviaram a falta de leitos hospitalares, já que médicos e fisioterapeutas iam às casas dos pacientes idosos, soropositivos, hipertensos, diabéticos e outros, que não tinham saúde para se locomoverem. Foi nesse momento que Santos se tornou referência mundial na luta contra a Aids, tanto que fomos três vezes à ONU para contribuir com as metas do milênio em relação às doenças sexualmente transmissíveis”.
Quanto ao trabalho realizado pela melhoria da saúde mental da cidade, Telma explicou aos professores que compunham a banca (professor doutor Irineu Francisco Barreto Júnior e professoras doutoras Amélia Cohn e Rosa Maria Ferreiro Pinto) e ao público presente que a intervenção de seu governo na Casa de Saúde Anchieta foi um grande alívio para toda a cidade. “Por mais de duas décadas aquele manicômio esteve esquecido. Ali, os pacientes eram tratados a base de choque. Mas no final da gestão, das 541 pessoas atendidas, apenas 80 tinham doenças crônicas. Muitos foram reabilitados. Também foi criado na época o Centro de Convivência Tamtam, que, mereceu espaço no New York Times”, recordou. Ao final de sua defesa, Telma foi aplaudida e cumprimentada por todos os presentes. Os professores confirmaram a aprovação de Telma.
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