A deputada federal Telma de Souza (PT-SP) disse ontem (13/11) sentir-se "indignada" com a violência da Polícia Militar, ao reprimir uma manifestação de estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo, na noite da última quinta-feira, na Avenida Sumaré, na capital paulista. Os estudantes, que protestavam contra o projeto de reforma universitária do Governo Federal, foram violentamente reprimidos por tropa de choque da PM, que agrediu alunos e efetuou disparos com balas de borracha, deixando pelo menos 15 pessoas feridas. A deputada, que fazia pós-graduação na PUC em 1977, quando a universidade foi invadida por tropas da PM sob o comando do então secretário de Segurança Pública e hoje vereador paulistano, coronel reformado do Exército Erasmo Dias (PP), afirmou: "É um absurdo que violências desse tipo, tão comuns na época da ditadura militar, se repitam 27 anos depois." Telma acrescentou que espera que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e seu secretário de Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, "apurem com rigor a truculência inadmissível da PM e punam exemplarmente os responsáveis, para que aquelas cenas, inadmissíveis em um regime democrático, voltem a ocorrer."