“Carnaval é tempo de cantar, dançar, pular, gritar, brincar... voltar a ser criança. Mas é bom lembrae que a vida continua depois da quarta-feira de cinzas. Portanto, o negócio é não dirigir se beber, diversão sem violência e camisinha sempre”. Com essa mensagem a deputada federal Telma de Souza (PT-SP), coordenadora da Frente Parlamentar em HIV/Aids da Câmara Federal, defendeu o que ela define como um carnaval de paz, ao sair de Brasília, onde participou de diversos programas e entrevistas sobre o tema. “Desejo que as pessoas se divirtam muito, mas com responsabilidade. Como dizia minha mãe: ‘prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém”, brincou Telma. Para a Telma, a campanha de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e da Aids do Ministério da Saúde para o carnaval de 2006 acerta ao difundir a importância do uso da camisinha. A campanha começou a ser veiculada no último domingo (19/2), com o slogan “Camisinha, não saia sem ela”, e será exibida nas principais redes de televisão do país e nas rádios, além de banners e outdoors, até 28 de fevereiro, terça-feira de Carnaval. “Apesar de todo o esforço da sociedade e do poder público, muita gente deixa de usar a camisinha. É o que apontam os resultados de recente pesquisa do Ministério da Saúde, que demonstram que 47,5% dos homens entre 16 e 19 anos não usaram preservativo porque não tinham e 36,4% das mulheres na mesma faixa etária não lembraram da camisinha na hora da relação. Entre os homens de 20 a 24 anos, 23% alegaram o mesmo motivo para não usar preservativo: não ter na “hora H”. Nas mulheres dessa faixa etária, esse argumento foi citado por 19% das entrevistadas. E no carnaval, inegavelmente, o perigo da Aids aumenta demais. Como podemos ver, a tarefa é grande e a luta contra a Aids tem que ser um compromisso de todos”, conclui a parlamentar.