“Eu sou contra. Racionalmente, até entendo como o Ministério da Saúde chegou a propor essa norma, só que ela invade a esperança, a expectativa das pessoas, esbarra no imponderável da vida”, declarou hoje (11/04) a deputada federal Telma de Souza (PT-SP), no programa “TVB Notícias”, da TV Brasil, ao ser indagada sobre seu posicionamento a respeito da idéia de se selecionarem os pacientes da rede de saúde pública que seriam ou não encaminhados para Unidades de Terapia Intensiva (UTI), com base em suas possibilidades ou não de recuperação.
Durante o programa, Telma também divulgou a campanha de arrecadação de fundos para a recém-criada Associação Brasileira do Câncer, que está comercializando pulseiras, a princípio, na rede de lojas dos supermercados Pão de Açúcar e Compre Bem. “Trata-se de um trabalho muito importe e sério e que pode ser melhor conhecido no site www.abcancer.org.br”, explicou Telma, que é membro da Frente Parlamentar de Combate ao Câncer e que tem três projetos direcionados para a área.O primeiro refere-se ao câncer de próstata, que deu origem a uma semana nacional de prevenção, que acontece todo o mês de novembro; a segunda proposta refere-se à mudança da classificação dos protetores solares da categoria de cosméticos para a de medicamentos, para baratear seu custo, dando origem a um decreto do presidente Lula isentando esse produtos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); finalmente, a deputada está apresentando na Câmara um projeto que torna obrigatório o fornecimento de bloqueadores solares, como equipamento de proteção individual (EPI), para todos os trabalhadores que ficam demasiadamente expostos ao sol.
Telma também abordou as atividades da Frente Parlamentar em HIV/Aids, da qual é coordenadora e que, no último mês, manteve contatos com delegações do Vietnã e do Caribe, que vierem conhecer detalhes sobre o programa brasileiro de combate à doença e os métodos de atendimento às pessoas que vivem com o vírus.A deputada voltou a se posicionar favoravelmente à produção nacional de medicamentos retro-antivirais, como forma de baratear e garantir um tratamento de qualidade aos pacientes: “O conhecimento humano deve trazer benefícios a todos e não pode ser utilizado de maneira mercantilista. A produção nacional desses medicamentos é de suma importância para que não percamos a liderança internacional que temos no combate e na prevenção à doença.”
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