A Prefeitura Municipal tem intenção de vender o patrimônio da Prodesan, e, para isso, alega que os serviços prestados pela Companhia Municipal não são competitivos e, ainda, não integram o grupo de atividades prioritários da Administração.
A audiência realizada nesta quinta contou com a participação de mais de 150 trabalhadores da empresa e, no total, 10 vereadores, entre eles Telma e Fabrício Cardoso, coordenador da iniciativa.
Em acordo, os profissionais aceitaram a proposta de Telma para que se mantenham mobilizados, especialmente neste mês de julho, que coincide com o recesso parlamentar. Eles decidiram que uma comissão será montada para deliberar sobre a organização de um grande ato, no início de agosto, para denunciar a situação.
"A Prodesan foi desmontada pelo grupo político que está na Prefeitura há duas décadas. A intenção foi claramente abandonar a estrutura, para precarizar, torná-la defasada, para vender o patrimônio da Companhia, o que atrairia empresas. Temos de estar vigilantes, especialmente neste período, para manter a resistência da categoria e para confrontar os interesses da Administração, que é liquidar a empresa", alertou Telma.
A ex-prefeita de Santos ainda afirmou que a venda dos imóveis da Prodesan e o fim de contratos com a própria Prefeitura, como o tapa-buracos e os das limpezas de unidades de saúde e de Educação, vão provocar demissões em massa, prejudicando a economia local. Por isso, Telma sugeriu que cada funcionário organize um grupo de amigos e familiares para conscientizá-los sobre os problemas e para que participe do ato de agosto, tal qual fez em 1991 quando o então presidente Fernando Collor demitiu 5.372 trabalhadores portuários da cidade.