Os impactos do temporal que atingiu a Baixada Santista entre 17 e 19 de março últimos alcançaram moradores da Orla, da Zona Noroeste e dos Morros. Esse tipo de problema é recorrente nos últimos anos, pois, sempre que há chuvas, diversos pontos da cidade vêm sendo insistentemente afetados, especialmente por conta do adensamento urbano e a insuficiência da manutenção preventiva nos sistemas de drenagem e águas pluviais.
Em sua argumentação, Telma destacou que as últimas revisões do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo deram as condições para a situação pela qual os santistas são obrigados a viver. Na Orla, por exemplo, por conta da permissão de aumento dos gabaritos dos prédios, onde antes havia casas, agora há arranha-céus tornam as áreas dos antigos quintais impermeáveis. Na Zona Noroeste, a especulação imobiliária é menor, mas os efeitos são igualmente persistentes. A essa região se soma, ainda, o descompasso do programa Santos Novos Tempos, cujo descuido do Poder Executivo ocasionou a perda dos recursos do Banco Mundial. Nos Morros, as últimas grandes obras de contenção de encostas ocorreram no governo de Telma enquanto Prefieta Municipal, e a inaptidão dos últimos governos sequer buscaram soluções para as ligações irregulares.
"É notória a ausência de limpeza nos sistemas de drenagem, assim como o seu redimensionamento para atender as novas demandas construtivas e meteorológicas. Por tudo isso, é urgente, sob pena da população continuar debaixo d’água e este Poder Legislativo ser considerado omisso, que os representantes da Prefeitura Municipal de Santos venham a esta Casa prestar explicações e apresentar um plano emergencial para solucionar o problema, e, claro, que não se utilize da mesma retórica utilizada para responder as jornais, de que a precipitação de chuvas foi a maior de determinado período", afirmou Telma em seu requerimento.
A proposta será discutida na sessão da próxima segunda-feira, 27 de março.
Foto: Walter Mello/A Tribuna