A deputada estadual Telma de Souza (PT-SP) quer analisar os índices de reajustes dos pedágios paulistas, particularmente do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI). Para ela, além de evidenciar o  descumprimento de promessas do governador Geraldo Alckmin, a revisão das tarifas aumentará os preços de serviços e produtos, como alimentos. A partir de 1º de julho, as praças de pedágio do estado de São Paulo passaram a cobrar 6,55% (conforme o IGPM) e 9,19% (com base no IPCA) a mais dos usuários. De cada 10 postos, seis tiveram aumento superior à inflação. No Sistema Anchieta-Imigrantes a tarifa passou de R$ 18,50 para R$ 20,10, a mais cara do mundo, atingindo R$ 0,17 por quilômetro rodado. Nas travessias de balsas, carros foram de R$ 8,40 para R$ 8,80, as motos de R$ 4,40 para 4,80. "É evidente que este reajuste vai ser repassado para o valor do frete, para os serviços e até para os itens de alimentação. Um aumento deste porte pode interferir negativamente nas relações de comércio locais, onerando os gastos do cidadão. Por isso, os termos desse reajuste precisam ser avaliados nos detalhes", afirma Telma, que pediu ao governo paulista cópias dos aditivos contratuais das concessões para analisar o modelo de cobrança, em requerimento apresentado na Assembleia Legislativa de São Paulo. Segundo estimativas, somente com pedágios foram arrecados R$ 3 bilhões no primeiro semestre deste ano. Este é só mais um indicador de que não há necessidade do reajuste. Durante a última campanha para o governo de São Paulo, Alckmin prometeu reavaliar os contratos de concessão rodoviária, ainda no primeiro semestre de 2011. Mas, assim como a construção de uma ponte entre Santos e Guarujá, o compromisso não foi cumprido.