• TELMA QUESTIONA ESTADO SOBRE SITUAÇÃO DE HOSPITAL ESPECIALIZADO EM BAURU
    06/06/2013

    TELMA QUESTIONA ESTADO SOBRE SITUAÇÃO DE HOSPITAL ESPECIALIZADO EM BAURU

    Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a deputada estadual Telma de Souza (PT) apresentou requerimento ao Governo do Estado em que questiona o possível desmonte da equipe especializada que atende pacientes e familiares do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP). Também conhecido como “Centrinho”, o hospital, localizado em Bauru, é referência no setor para a América do Sul.
     
    Procurada pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP, a deputada recebeu informações de que o corpo de funcionários especializados do Centrinho, contratados pela Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Craniofaciais (FUNCRAF), está sendo gradativamente substituído por pessoas contratadas diretamente pela USP, o que pode comprometer a qualidade do atendimento e, ainda, a relação de afetividade entre os profissionais, pacientes (grande parte deles crianças) e seus familiares. 
     
    A FUNCRAF atua no local há 27 anos, com 247 funcionários, por meio de convênio firmado com a USP, interrompido em dezembro de 2012. O rompimento é fruto de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a universidade e o Ministério Público. 
     
    O motivo foi uma interpretação da Promotoria Pública, que se posicionou contra a terceirização de serviços no hospital, em que pese outros convênios com diversas fundações permaneçam em vigência.  “A questão é não a substituição em si, mas as consequências dela, na medida em que os profissionais em questão já têm uma relação de afeto com os pacientes, além de todo o conhecimento técnico e intimidade com a estrutura do Centrinho”, destacou Telma.
     
    Conforme o Sindicato dos Trabalhadores da USP, os funcionários da FUNCRAF desempenham funções de nível básico, técnico e superior. Parte deles, ainda segundo o órgão, integrou projetos sociais de inclusão dos portadores de deficiências físicas elogiados por todo o Brasil, e que, inclusive, forneceram fundamentos para a legislação que protege portadores de necessidades especiais hoje vigentes no País. 
     
    “É uma questão bastante delicada porque envolve vidas. São trabalhadores capacitados sendo dispensados após tanto tempo de trabalho. É preciso avaliar com cuidado se essa é, realmente, a melhor saída”, destacou a deputada. 
     
    Criado no final da década de 1960, o Centrinho atende diariamente centenas de portadores de anomalias como a fissura labiopalatal – popularmente conhecida como lábio leporino, que atinge uma em cada 650 crianças brasileiras e pode ser tratada e reparada cirurgicamente –, e de deficiências auditivas, por exemplo.

    Leia também

    Carta Aberta: Políticas Públicas de Acolhimento à População em Situação de Rua de Santos e Região

    Ver mais

    População de Rua: Instituto Telma de Souza entrega Carta Aberta ao prefeito de Santos

    Ver mais

    Telma de Souza relança instituto de políticas públicas e firma parceria com entidade fundada pelo Presidente Lula

    Ver mais