
A vereadora Telma de Souza (PT) afirma que a desestatização (privatização) da Santos Port Authority (antiga Codesp) em ano eleitoral é ilegal.
Segundo ela, a Justiça Eleitoral será acionada no momento adequado para barrar o processo. “Privatização em ano eleitoral é ilegal”, disse Telma.
Recorrer à Justiça Eleitoral será apenas um dos caminhos para barrar o retrocesso que é a “desestatização”, avaliou Telma, que participou de reunião com trabalhadores do setor no Sindaport, na noite da última terça-feira (23).
Telma enumerou diversos desequilíbrios que a chamada desestatização vai trazer à Cidade de Santos e à economia regional. Entre eles, problemas nos repasses para o Portus, que é o fundo de previdência da companhia, e a supressão do cais público, o que é prejudicial a empregabilidade dos trabalhadores avulsos.
“Tudo está interligado, com a precarização do trabalho e da empregabilidade, teremos reflexos em todos os setores da nossa economia”, afirmou Telma.
O secretário-geral do Sindaport, Valdir Pfeifer, afirmou que os funcionários mais antigos da ex-Codesp devem ser os mais prejudicados no processo de “desestatização”. “Mas esses cortes devem atingir a todos. Se hoje são 1 mil funcionários, certamente numa empresa privatizada serão bem menos”, disse.
Além dos trabalhadores, Telma ressaltou que o setor empresarial do Porto também deve ser impactado com aumento de tarifas e ambiente concorrencial desequilibrado, entre outras ameaças.
Os portuários rechaçaram a “desestatização” durante o encontro e reclamaram da falta de discussão do projeto do governo Bolsonaro junto às categorias afetadas por um processo econômico dessa amplitude.