Ao participar do I Encontro Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, realizado entre quinta e sexta-feira últimas (11 e 12/08), em Florianópolis (SC), a deputada federal Telma de Souza (PT-SP), defendeu a quebra de patentes e a produção nacional dos medicamentos usados no coquetel anti-retroviral. “Considero que todos os temas envolvendo a questão da Aids são relevantes e merecedores de nossa atenção. Gostaria, no entanto, de aproveitar a oportunidade que me é dada, ao participar deste evento, de reiterar minha extrema preocupação quanto às garantias de manutenção do sistema de distribuição gratuita de medicamentos essenciais às pessoas vivendo com HIV, a marca essencial de nosso Programa Nacional de DST/Aids”, afirmou a deputada, coordenadora da Frente Parlamentar em HIV/Aids do Congresso, perante uma platéia de mais de 500 pessoas, entre autoridades e representantes de ONGs de todo o país.    Telma salientou também que a defesa da fabricação local de medicamentos deve ser acompanhada por uma luta política que garanta os níveis de qualidade e o avanço das pesquisas na área: “É por isso que esse esforço precisa ser desenvolvido não apenas em nível local, mas também a partir de acordos de cooperação internacional.”    O encontro realizado em Florianópolis marcou dez anos desde que tiveram início as articulações entre pessoas vivendo com HIV, com vistas a uma atuação conjunta e organizada em busca de soluções para problemas comuns.    Ao recordar os obstáculos e o preconceito que, juntamente com sua equipe de governo, enfrentou ao serem adotadas as primeiras iniciativas visando combater a grande epidemia de Aids em Santos, quando era prefeita da cidade, entre 1989 e 1992, Telma destacou: Encontros como este são, certamente, a nossa maior recompensa. Só que é preciso deixar bem claro – e gostaria de sublinhar ao máximo estas minhas palavras – que o mérito pelo avanço do programa brasileiro de DST/Aids, que hoje serve de referência internacional, pertence única e exclusivamente a vocês. Foram vocês que, por meio de sua inigualável capacidade de mobilização, luta e solidariedade, tornaram isso possível.”